NO BANCO DAS MINHAS MEMÓRIAS
Não é fácil desprender-me das minhas memórias.
Em boa verdade, não chego a distinguir das minhas, as memórias daquele banco de jardim.
Com ele, vida fora, partilhei tantas e tantas emoções, que agora, à distância de vários tempos do tempo, nunca o dissocio de tudo o que ali vivenciei. Do mais calmo ao mais perturbador. Do mais feliz ao mais trágico. Na companhia buliçosa das crianças e das aves... ou no mais completo abandono da sorte e do mundo.
E hoje, ao som da música que enche os ares bem para além da minha presença, não sei bem porquê, veio-me à lembrança que, naquele banco de jardim, provei o meu primeiro beijo de amor. E que, muitos anos antes, ali saboreara o meu primeiro sorvete!
Aurora Simões de Matos
2 comentários:
E que sabor!
um sorvete doce que juntou, mais tarde, o outro sabor que nos permite viver e apreciar o que de bom existe: o amor.
Um banco com muito para contar e com muito para segredar!
Isilda L. Afonso
Querida Isilda L. Afonso
Todos nós temos os nossos espaços-memórias de onde se desprendem lembranças mais ou menos felizes...
Obrigada pela atenção...
Abraço amigo
Aurora
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