INCAPACIDADE
Não consumei
não fui capaz de consumar
a sacralização daquele sonho
de onde me escorreram vergônteas bravias
com travo de vento rasgado
Não esteve na minha mão
nem o princípio nem o fim
do imposto ou do exposto
Do cimo da montanha
tentei acordar os deuses da manhã
e colhi agitações com sabor a ciclone
Foi muito impermanente
o refrão do meu afecto
Aurora Simões de Matos
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