A COR DA MELANCOLIA
O peitoril desta varanda outonal, de onde preguiçosa e melancolicamente me detenho, é o ponto privilegiado do patamar a que consegui chegar. Mais por mercê da inexorabilidade do tempo do que por força das minhas ambições.
Sinto-me bem nesta melancolia colorida de Outono, que assumo como aquele estado de graça em que, numa predisposição lógica e natural para a revisão sentimental(ista) dos meus sonhos, percepciono pequenas e grandes respostas a pequenas e grandes perguntas, com a lucidez que ultrapassa e apaga quase todas as dúvidas.
Sinto-me bem nesta melancolia colorida de Outono, que assumo como aquele estado de graça em que, numa predisposição lógica e natural para a revisão sentimental(ista) dos meus sonhos, percepciono pequenas e grandes respostas a pequenas e grandes perguntas, com a lucidez que ultrapassa e apaga quase todas as dúvidas.
Até porque o acumular e o desmoronar de tantas das minhas ilusões e desilusões se transformaram naquela incomensurável mais-valia que quase me garante a imunidade ao risco.
Perante a explosão de cheiros, sabores e musicalidades, na profusão cromática de tanta vida em mim, sinto que quase já nada tenho a perder. É a sensação de vitória, entre melancolias de paz.
Perante a explosão de cheiros, sabores e musicalidades, na profusão cromática de tanta vida em mim, sinto que quase já nada tenho a perder. É a sensação de vitória, entre melancolias de paz.
Aurora Simões de Matos
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