domingo, 29 de julho de 2018

" O Drone e a Cabritinha "- A minha história maluca!!!




            FÉRIAS E AVENTURAS
  
A FICÇÃO DE MÃO DADA COM A BRINCADEIRA
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"O DRONE E A CABRITINHA" ---- 
leia a história que as fotos documentam!

Desde que se ouve falar em " drones " que sinto uma certa implicância por esses aparelhómetros aparentemente (des)complicados na sua engenharia, aparentemente discretos na sua performance e aparentemente intrusos nos espaços alheios. "Drones" que, segundo o ângulo de visão em que se posicionam os entendidos, podem ser de uma grande utilidade, como de um grande perigo para a humanidade. Assim, mais ou menos... nem peixe, nem carne.
Quando cheguei à minha aldeia de xisto, para uns dias de prazer tranquilo, olhando a profusão de verde intenso dos seus pinheirais de luxo, estremeci, perante a hipótese de alguma mão criminosa se intrometer no destino daquela enorme mancha de saúde física e espiritual. Mão que poderia vir sabe-se lá de onde! Da terra (!), da água (!)... do ar (!)...
A preocupação virou obsessão. E um dia, no terraço superior da casa onde nasci, ouvindo um ténue... muito ténue chocalhar de guizos, lembrei-me dos famigerados "drones". E da hipótese de incêndio que alastra em Portugal, parecendo praga ou bruxedo, sabe-se lá!!!... 🙄😏
Vai daí, mulher sem medos, procurei armas e dispus-me à luta. Lembrei-me que por bem menos, já vira na minha aldeia matar-se à sacholada quem tentasse arredar as águas de rega que não lhe pertencessem. Armei-me de foice, gadanha, ancinho, enxada e forquilha. E, perscrutando os ares em tom ameaçador, dispus-me a dar cabo do suposto violador de espaços privados. Com as armas letais que consegui. Que são, como referi, as que se usam na minha terra!
Minha irmã Mindinha, ao sentir tamanha azáfama no piso de cima da casa, indagou sobre o motivo de tamanho aparato.
Contei-lhe das minhas desconfianças, perante o ténue... muito ténue chocalhar de guizos.
Então ela, chamando-me à razão, gargalhou a bom gargalhar, fazendo-me olhar para o caminho:
- Olha o chocalhar de guizos, sua doida!!!
Mudando de direcção a minha atenção, de cima para baixo, reparei que, cabriolando contente, um pequenino rebanho regressava do pasto. E uma cabritinha, a mais ladina, de guizo ao pescoço, de soslaio sorriu-me nas barbas, como que a perguntar:
O que será um "drone"???!!

                                               



                                                             Aurora Simões de Matos











                                                              Aurora Simões de Matos




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