PROFESSOR ARLINDO MATOS, UM ORIENTADOR COM IDEIAS PROSPETIVAS
... ontem não era o momento adequado para escrever sobre
o falecimento do «prof. Arlindo», Delegado durante décadas
da família escolar de Lamego, 1º Ciclo e Educadores(as) de
Infância. Sucedeu por eleição ao «prof. Homero» no pós 25
de abril.
l. Estava a sair-se de um regime sisudo e abafado para um
outro que prometia a «LIBERDADE». Os "extremos tocam-
se", mas neste caso não poderiam ter sido mais afastados
, havia muito por fazer, a que urgia dar sentido e a explosão
demográfica educacional passou por fases de enorme
perplexidade, sendo que necessitava de gente orientadora
com ideias prospetivas, que pusesse de
parte o autoritarismo, mas não delapidasse a autoridade
, implementasse recursos humanos, tecnológicos e
redimensionasse o edificado e a própria rede escolar de
Lamego, obsoleta, como na maior pate do país
No segmento básico coube então ao «prof. Arlindo» essa
hercúlea tarefa, especialmente ao nível da mudança de
mentalidades, de crença nos colegas mais novos e na
atualização dos antigos. De tudo quanto foi levado a cabo a
sua chancela carismática este aí colocada, desde a
movimentação gigantesca dos «jogos tradicionais" até à
criação de «jardins infantis» até à deslocação a algumas
localidades francesas de um grupo significativo de
professores com o apoio do «prof. Joaquim Marcelino» para
se sentir, aprender e transmitir os nossos saberes além
fronteiras. E «o tudo« valeu a pena, porque a sua "ALMA"
, que ontem dele se despediu nas pessoas dos colegas e
amigos que encheram por completo a igreja das Chagas e
com ele em procissão respeitosa e de preito o acompanhou
à Cruz Alta, mostrou que era "GRANDE". Os professores
despediram-se de uma pessoas que deixou marcas
indeléveis na geração dos colegas de «abril» que
despontavam rumo ao futuro, que tenho a certeza o «prof.
Arlindo» dele cuidou e bem pensou. Viveu-se balizados por
uma liberdade que não se sabia ainda bem para que servia e
o que fazer com ela e o sentimento de responsabilidade, o
legado a deixar às faixas etárias jovens que em nós
confiavam.
"Erros", houve-os certamente e por isso nos orgulhamos
de ser pessoas, seres humanos, livres, mas falíveis e
além disso, todos estávamos em início de aprendizagem
de um caleidoscópio de emoções, dinâmico!
E ao lembrar-me agora da «profª. d. Aurora» que
acompanhou o sr. Delegado como colega, esposa e mãe
de suas lindas três filhas, quando revocávamos
momentos passados, me disse: "esses deixe-os comigo". Há
mulheres que pelos seus feitos e postura se «libertam da lei
comum dos mortais» e se tornam SENHORAS de um destino
que valorizam e assumem com integridade.
de ser pessoas, seres humanos, livres, mas falíveis e
além disso, todos estávamos em início de aprendizagem
de um caleidoscópio de emoções, dinâmico!
E ao lembrar-me agora da «profª. d. Aurora» que
acompanhou o sr. Delegado como colega, esposa e mãe
de suas lindas três filhas, quando revocávamos
momentos passados, me disse: "esses deixe-os comigo". Há
mulheres que pelos seus feitos e postura se «libertam da lei
comum dos mortais» e se tornam SENHORAS de um destino
que valorizam e assumem com integridade.
Fiquemos pois com as memórias sãs, positivas, pensando que se
o concelho de Lamego mudou para melhor, em muito se deve à
ação mobilizadora do «prof, Arlindo» e a todos nós colegas que
o seguimos com a fé que estávamos a contribuir para a revolução
e surgimento de um «MUNDO NOVO» ... eu vos beijo eu vos
abraço.
José Oliveira
Professor José Oliveira, autor do texto
Nota - Como amiga, colega e muito em especial , como esposa de Arlindo da Fonte Simões de Matos, agradeço ao Dr. Oliveira a presença nas cerimónias fúnebres e as palavras sentidas que aqui deixa.
Aurora Simões de Matos