BEIJO
O olhar cresce e a boca se insinua
à intimidade total do grito
e a vida em turbilhão morre sem pressa
em purpúreo esplendor do infinito
no aberto incêndio do desejo...
pois ali tudo é céu, inferno, fogo e chuva
vulcão de lava ardente
rio que desabou
trovão a ribombar em seu lampejo...
pêssego de cetim e sumo de uva
romã que amadurou
no momento selvagem de um só beijo...
Aurora Simões de Matos
12/ 02/ 2014
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