PRECE
Águas do céu, descei ao deserto
que um fio desperte para a vida
inundai de fragor o silêncio vazio da areia
fazei fértil o gesto ermo
Dai voz à mudez das pedras sem lábios
entrai nos corpos semeados por dentro de frágil futuro
Abri caminho por entre esperanças derrubadas
estendei-vos de movimento nas fadigas da secura
Matai a sede. Urgente a tempestade, a bonança não tarda
© Aurora Simões de Matos
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