sexta-feira, 20 de setembro de 2013

BANCO DE JARDIM


NO BANCO DAS MINHAS MEMÓRIAS


Não é fácil desprender-me das minhas memórias.
Em boa verdade, não chego a distinguir das minhas, as memórias daquele banco de jardim.
Com ele, vida fora, partilhei tantas e tantas emoções, que agora, à distância de vários tempos do tempo, nunca o dissocio de tudo o que ali vivenciei. Do mais calmo ao mais perturbador. Do mais feliz ao mais trágico. Na companhia buliçosa das crianças e das aves... ou no mais completo abandono da sorte e do mundo.

E hoje, ao som da música que enche os ares bem para além da minha presença, não sei bem porquê, veio-me à lembrança que, naquele banco de jardim, provei o meu primeiro beijo de amor. E que, muitos anos antes, ali saboreara o meu primeiro sorvete!



                      Aurora Simões de Matos
                                                                                                  
               

2 comentários:

Anónimo disse...

E que sabor!
um sorvete doce que juntou, mais tarde, o outro sabor que nos permite viver e apreciar o que de bom existe: o amor.

Um banco com muito para contar e com muito para segredar!

Isilda L. Afonso

raiz de xisto disse...

Querida Isilda L. Afonso

Todos nós temos os nossos espaços-memórias de onde se desprendem lembranças mais ou menos felizes...
Obrigada pela atenção...

Abraço amigo
Aurora