terça-feira, 23 de agosto de 2016

Arlindo da Fonte Simões de Matos, um AMIGO dos Professores


PROFESSOR ARLINDO MATOS, UM ORIENTADOR COM IDEIAS PROSPETIVAS






... ontem não era o momento adequado para escrever sobre

 o falecimento do «prof. Arlindo», Delegado durante décadas

 da família escolar de Lamego, 1º Ciclo e Educadores(as) de

 Infância. Sucedeu por eleição ao «prof. Homero» no pós 25

 de abril.

l. Estava a sair-se de um regime sisudo e abafado para um

outro que prometia a «LIBERDADE». Os "extremos tocam-

se", mas neste caso não poderiam ter sido mais afastados

, havia muito por fazer, a que urgia dar sentido e a explosão

 demográfica educacional passou por fases de enorme 

perplexidade, sendo que necessitava de gente orientadora 

com ideias prospetivas, que pusesse de

 parte autoritarismo, mas não delapidasse a autoridade

, implementasse recursos humanos, tecnológicos e 

redimensionasse o edificado e a própria rede escolar de

Lamego, obsoleta, como na maior pate do país

No segmento básico coube então ao «prof. Arlindo» essa


 hercúlea tarefa, especialmente ao nível da mudança de 

mentalidades, de crença nos colegas mais novos e na 

atualização dos antigos. De tudo quanto foi levado a cabo a

 sua chancela carismática este aí colocada, desde a 

movimentação gigantesca dos «jogos tradicionais" até à 

criação de «jardins infantis» até à deslocação a algumas

 localidades francesas de um grupo significativo de 

professores com o apoio do «prof. Joaquim Marcelino» para

 se sentir, aprender e transmitir os nossos saberes além

 fronteiras. E «o tudo« valeu a pena, porque a sua "ALMA"

, que ontem dele se despediu nas pessoas dos colegas e 

amigos que encheram por completo a igreja das Chagas e 

com ele em procissão respeitosa e de preito o acompanhou

 à Cruz Alta, mostrou que era "GRANDE". Os professores

 despediram-se de uma pessoas que deixou marcas

 indeléveis na geração dos colegas de «abril» que

 despontavam rumo ao futuro, que tenho a certeza o «prof. 

Arlindo» dele cuidou e bem pensou. Viveu-se balizados por 

uma liberdade que não se sabia ainda bem para que servia e

 o que fazer com ela e o sentimento de responsabilidade, o

 legado a deixar às faixas etárias jovens que em nós 

confiavam.
"Erros", houve-os certamente e por isso nos orgulhamos 

de ser pessoas, seres humanos, livres, mas falíveis e

 além disso, todos estávamos em início de aprendizagem 

de um caleidoscópio de emoções, dinâmico!

 E ao lembrar-me agora da «profª. d. Aurora» que

 acompanhou o sr. Delegado como colega, esposa e mãe

 de suas lindas três filhas, quando revocávamos 

momentos passados, me disse: "esses deixe-os comigo". Há 

mulheres que pelos seus feitos e postura se «libertam da lei 

comum dos mortais» e se tornam SENHORAS de um destino

 que valorizam  e assumem com integridade.

Fiquemos pois com as memórias sãs, positivas, pensando que se 

o concelho de Lamego mudou para melhor, em muito se deve à 

ação mobilizadora do «prof, Arlindo» e a todos nós colegas que 

o seguimos com a fé que estávamos a contribuir para a revolução

 e surgimento de um «MUNDO NOVO» ... eu vos beijo eu vos 

abraço.

José Oliveira
                                                 Professor José Oliveira, autor do texto


Nota - Como amiga, colega e muito em especial , como esposa de Arlindo da Fonte Simões de Matos, agradeço ao Dr. Oliveira a presença nas cerimónias fúnebres e as palavras sentidas que aqui deixa. 

                                          
Aurora Simões de Matos

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