terça-feira, 11 de setembro de 2012

Revolta Poema de Aurora Simões de Matos

REVOLTA




Sou parcela do nada
Sou a soma do tudo
No silêncio calada
Sou som grave e agudo
Nesta vida rasgada
Sou a fenda maior
Sou a máscara errada
Do palhaço cantor
Sou a face voltada
Sou tropeço do avanço
Sou a porta cerrada
Que fechou pra balanço
Sou sentença irada
Sou cela e sou castigo.

Hoje estou revoltada
Estou zangada comigo.

                          Aurora Simões de Matos


São de 1995 esta foto e o poema.
Coincidências!!!


Em dias diferentes,

Tempos de grande  REVOLTA!!!


E já passou...


                                                           


2 comentários:

Anónimo disse...

Sempre passa. Só não passa a poesia, ou o talento, de trocar a 'revolta' pelo grito poético, no fazer do tempo um Poema de imensa ternura. Meu beijo, doce Aurora.

Marília B. B.

raiz de xisto disse...

Minha Querida

Foram tempos de grande convulsão na minha vida.Restou a experiência da dor,que sempre nos faz crescer.

Gratidão por tão sábias palavras de aconchego.
Um beijinho,na emoção poética do reencontro.
Aurora