quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A Obra escrita de Aurora Simões de Matos, comentada por destacadas Figuras da Cultura


 TESTEMUNHOS  ESCRITOS




A leitura lenta, meditada e sentida de Aurora Simões de Matos, revela-me um Poeta que modela sentimentos com a doçura das palavras ou a agudeza magoada duma frase bordada.
O amor, os afectos, a saudade, os sonhos, as realidades, o mar, a serra, o rio, o Mundo das pessoas e das coisas, têm nos seus versos insuspeitadas e belas ressonâncias.

Por isso a leio como quem faz uma jornada, sem pressas, a passo lento, parando em cada curva da estrada, para olhar de novo a paisagem humana que a poesia desdobra, a seduzir um olhar perdido pelos encantos de novos mundos.»

 Fernando Amaral, ilustre lamecense, VII Presidente da Assembleia da República Portuguesa ( no livro " Uma Palavra " ) - em 2001


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« Os seus textos - sempre poéticos, mesmo quando não verseja - são de uma delicadeza rara. E são também femininos até ao tutano. São verdadeiramente textos-Mulher.
Dois exemplos: só uma mulher escreveria que " provamos pelo sumo/ de só provar/ pelo prazer da semente " ( Aí seremos nós ); ou esta belíssima passagem, evocadora de uma sensibilidade gémea de Florbela Espanca: " Trago no sangue quente mil feitiços/ feitos de terra em cinza e fogo ardente/ no pensamento trago ideias loucas/ que só quem ama a terra sabe e sente" ( Exaustão). 
Isto é um pedaço de GRANDE POESIA.

             .  Amadeu Carvalho Homem, Professor Catedrático na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra ( na apresentação do livro " Uma Palavra", em Lisboa ) - em 2001


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« Aurora Simões de Matos é um desses seres que chegam discretos e disponíveis, se expõem sem reservas, sem redes; um desses seres que sabem encontrar caminhos próprios, afirmar-se diferentes, solidários, sensíveis; que têm na inteligência, na imaginação, na persistência, na criatividade, na liberdade, referências inamovíveis (...).

Escrita de tonalidades imprevisíveis, a Obra desta autora afirma-se uma descoberta irresistível.»



         . Fernando Dacosta, escritor e jornalista   (no Prefácio do livro " Uma Palavra") -  em  2001





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« Aurora, minha irmã poeta

Tanto quanto sei, apenas o Júlio Dinis e o António Correia de Oliveira se te podem comparar, naquela forma ternurenta de agarrar a realidade rural da tua beira-Paiva, dela fazendo as delicadas aguarelas de palavras que se entrelaçam num tecido de cores suaves.
Na tua escrita não há os solavancos dos grandes dramas e afrontamentos, porque tu és uma mulher de paz e amor. Sobre a gangrena da realidade,  teces sempre o manto da fantasia que encobre as chagas. Gostas do romantismo tranquilo de Silva Porto.
O Naturalismo, como expressão estética, pode ter sido ultrapassado, mas traz sempre a tranquilidade que nos põe de bem com o mundo e connosco próprios, particularmente quando essa forma de expressão da nossa mundividência artística é quase espontânea

               Jaime Gralheiro, escritor e dramaturgo ( no livro "Contos de Xisto") - em 2011





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« Como académico e  investigador nas últimas duas décadas, o que me interessa  é compreender como é que as mulheres são socialmente e culturalmente feitas mulheres. Como são educadas, para agir de acordo com o que é suposto ser feminino.

E é aqui que o livro " A SOBREVIVENTE- DIREITOS E DEVERES DA MULHER RURAL DO SÉCULO  XX" , de Aurora Simões de Matos, é de uma grande importância histórica, etnográfica e sociológica. (...)
A sua importância é ainda maior, porque se sabe pouco destas mulheres rurais. A maior parte dos estudos centra-se nas mulheres burguesas da cidade. 
Irei aconselhar a sua leitura aos meus alunos.»

                 . Manuel Lisboa, sociólogo, Professor Catedrático na Universidade Nova,  Director do Observatório Nacional de Violência de Género e Perito internacional do Instituto Europeu para a Igualdade de Género  ( na apresentação do livro " A Sobrevivente - direitos e deveres da mulher rural do século XX", em Lisboa ) - em 2014



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« A imagem que guardo dos seus olhos pequeninos, semicerrados, já me fazia sentir que estava a ver ao longe, ao perto, o que muitos olhos bem abertos não enxergavam. Era o sentir das Coisas, da Terra, do Homem, da Natureza, da Vida.

Sinceramente, ao ler os seus poemas, não me espantei, porque há muito que os esperava. E são tão Verdade, tão sentidos, tão vividos, tão Vida, tão Terra Nostra...

Obrigada, Aurora, pelos teus poemas de músicas, aguarelas, pinturas, sensibilidades, emoções e, porque não...  de paixões?! »



          . Isabel Silvestre, cantadeira, a Voz da Tradição Portuguesa ( no livro " Poentes de mar e serra" ) -  em 1997


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« A Natureza, casa do homem. A Natureza, terapia da alma, lugar de encontros, de conhecimento e de revelação. Motivo de saudades e de toda  a gratidão. Mais do que cenário, é um espaço humanizado, dificilmente delimitável, de tal maneira nasce e se esgota em Aurora Simões de Matos que, por sua vez, dele extrai o sentido da própria vida: talvez porque nesse espaço, o sentido do sagrado ainda não se perdeu.

De tudo isto falam os poemas e esta autora que, em tom marcadamente confessional, neles tão claramente se inscreve.»

            . Maria Júlia Cordas,  Faculdade de Letras da Universidade do Porto ( na apresentação do livro "Poentes de mar e serra" no Porto ) - em 1997


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« Bem-haja, Aurora Simões de Matos, pelo contributo que confere à consciência social, ao exaltar aquela Personalidade ( Judith Teixeira), num trabalho de investigação que é, sempre, tarefa e missão difíceis.
Desejo que continue a escrever com sucesso.»


       . Fernando Ruas, eurodeputado, em mensagem ao lançamento do livro"O Amor é sempre inocente - Homenagem a Judith Teixeira, Poetisa silenciada do Modernismo Português", no Museu Grão Vasco, a partir do Parlamento Europeu, Bruxelas - em 2017 

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« Em "CONTOS DE XISTO", sentimos um mundo de aconchego e amor que nos lembra a doçura intensa e maviosa do mel, no dia-a-dia rural, percepcionado pelo olhar feminino de uma Pessoa com a alma a transbordar de humanismo. «Sobre a nudez crua da verdade, o véu diáfano da fantasia» - poderíamos dizer, citando Eça de Queirós. 
Contudo, em Aurora Simões de Matos, esse "véu de fantasia" não atraiçoa a realidade. Pelo contrário: dá-lhe outro relevo, apontando, sem enfadonhos moralismos, para a construção de um mundo melhor: com calor humano feito de solidariedade e de partilha. Com afectos. Sempre numa atitude de total respeito: pelos humanos, pelos animais, pela Natureza inteira. Há também uma atitude de respeito pela Transcendência, nas várias referências à religiosidade popular e ao modo como o Povo se relaciona com o Sagrado. »

                     . Maria Irene Bernardo Cardoso, licenciada em  Línguas e Literaturas Modernas e Ilustre Professora  de  Língua Portuguesa no Ensino Secundário ( na apresentação do livro " Contos de Xisto", em Viseu ) - em 2014


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« Esta é uma voz rebelde e inconformada, que utiliza a sua forte inspiração para eternizar sentimentos de uma infinita grandeza humana.
Aurora Simões de Matos exerceu o magistério e adquiriu uma vivência muito forte, quer na docênca, quer na convivência familiar e social. Essas três vertentes consolidaram uma cultura incomum, que enriquece a poemática de toda a sua Obra.»

          . Barroso da Fonte, escritor e jornalista, Director do Paço dos Duques de Bragança - Guimarães (em artigo no " Jornal de Letras ") - em 1999

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« Penetrar na profundidade da escrita de Aurora Simões de Matos é embrenhar-se na pureza de conceitos em que a verdade a tudo se sobrepõe. É deslumbrar-se com a riqueza do mundo interior de quem, liberto de medos e de preconceitos, investiga, analisa, acusa... cultivando a cultura sem se arredar da arte.
É sentir o estremecimento que provoca a reflexão, para concluir que, nos primórdios do século XXI, a denúncia da condição da Mulher tem mais um  nome a juntar à Literatura - o seu.»                                                                                                                                                                                                             
             .  Fernando Marado, professor, escritor e poeta lamecense ( no livro " A Sobrevivente - direitos deveres da mulher rural no século XX " -  em 2013


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« Zélia Gattai é nesta obra enaltecida por outra académica, esta da nossa ACLAL, cujo nome resplandece cada vez mais através da pena que tão sublimemente utiliza.
A Aurora Simões de Matos, a " Poetisa da Paiva ", coube escrever as palavras que vão ler. E por elas se compreenderá melhor ainda o elevado valor de Zélia que, indubitavelmente, as merece por inteiro.
Regozijamo-nos com este encontro entre Zélia e Aurora. A bem da Lusofonia!»

             . Arménio Vasconcelos, museólogo e Presidente da Academia de Letras e Artes Lusófonas ( no Prefácio  do livro " Zélia Gattai, a Bem-Amada") - em 2014  


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« É, pois, a persistência de Aurora Simões de Matos que nos concede mais um exercício de convocação e invocação das aldeias das duas margens do rio Paiva. Unidas que estão pela negra mas luminosa presença da pedra de xisto, são por ela elevadas à condição de símbolos de uma civilização agrícola que se vai desfazendo paulatinamente, à frente dos nossos olhos.
Uma civilização material austera e telúrica, feita da luta permanente pela sobrevivência, mas uma civilização imaterial de complexidade e riquezas únicas.»

              . Luís Gomes da Costa, Presidente da BINAURAL ( no Prefácio do livro " Contos de Xisto" -  em 2014

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Aurora Simões de Matos e os seus crónicos colaboradores merecem o nosso respeito e a nossa gratidão, por terem feito viver em Lamego um encontro regular, que ajuda a vencer alguma solidão acumulada. Por terem mostrado que os pequenos centros do interior são bem capazes de, por si sós, saber pensar, discorrer, partilhar ideias, turar conclusões, expressar pensamentos e desejos. Vivenciar cultura, no que ela tem de mais salutar e indubitável enriquecimento individual e colectivo.
A nossa Tertúlia está viva, é conhecida em todo o País e invejada por muitos. Merece a nossa colaboração e usufruto.»


. José Pessoa, investigador em História da Arte, colaborador residente da " TERTÚLIA ARTES E LETRAS DE LAMEGO"


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«Aurora Simões de Matos jamais começa as suas narrações pela expressão - "Era uma vez..." - porque as histórias que ela conta são histórias de verdade, por mais que aureoladas por um tempo de memória. Histórias por ela vividas ou acompanhadas tão de perto, que as interiorizou como se lhe pertencessem e agora no-las entrega.»

              . Alberto Correia, escritor e antropólogo, ilustre personalidade da cultura beirã ( na apresentação do livro " Contos de Xisto", em Castro Daire ) - em 2012 


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« Em "Poentes de mar e serra", Aurora Simões de Matos recorda gentes, bichos, paisagens e as mais delicadas vivências da sua terra mãe.
Neste novo livro, tudo acontece dentro de si. 
A poetisa revela-se livre de qualquer amarra. Voa no seu próprio firmamento, com rara segurança e expressão poética.»

          . Camilo de Araújo Correia, distinto médico e escritor do Douro ( no livro " Uma Palavra " -  em 2001


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« Os tempos, os lugares, os sentimentos são seus, é certo, mas a poetisa confere-lhes e imprime-lhes características tão sobre-humanas, míticas e universais, que a sua poesia se transmuta num cântico intemporal e num hino de vitória universal (...). 
Ler Aurora Simões de Matos é compreender a sua natureza anímica e inquietante, até mesmo provocadora, naquilo que tem de mais profundo e secreto.»

. Macário Ribeiro de Almeida, escritor e poeta ( no " Jornal do Douro " ) - em 2010


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« Há lembrança de nesta terra de Parada, concelho de Castro Daire, diocese de Lamego, ser nada e criada uma menina, Aurora chamada, bem nascida, que, já adulta, fora daqui, de saudade sofrida, fazendo uso das Letras, canta por todo o lado, não " as armas e os barões assinalados", mas as virtudes da gente rústica que cuida de cultivar a terra para sustento da prole e do Estado; canta a vida esforçada da gente montemurana; canta as cores e os matizes íntimos da sua natureza humana; os sentimentos ora inseguros, fluídos, migrantes como as águas do rio Paiva, ora maduros, sedentários, maciços, impenetráveis penedias que, desafiando tempos e temporais, rendilham a linha do horizonte onde a terra acaba e o céu começa (...).
Aldeã, natural de Meã, a serra encarquilhada nos seus contrastes de altos e baixos penetrou-lhe a alma, a mesma de onde ela, a serra inteira, jorra agora feita poesia.»

. Abílio Pereira de Carvalho, ilustre Voz da cultura castrense ( artigo na internet) - em 1997

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« Ao longo da vida, a grande paixão de Aurora Simões de Matos tem sido a poesia. Poesia que flui, com a naturalidade de quem a tem dentro de si e para quem exprimi-la é uma necessidade.
Ao longo de toda a sua Obra, sentimos a Vida, poeticamente plasmada. Vida da terra, vida íntima da Autora, expressa com apurada sensibilidade, vida das gentes, captada em penetrante espírito de observação e poder descritivo. A sua poesia tem ainda o mérito de apresentar estrutura formal e registos estéticos e lexicais variados, harmonia e ritmo que lhe conferem uma musicalidade extremamente agradável.»

António Nazaré Oliveira, escritor e respeitada Figura da cultura beirã ( no jornal " 
Gazeta da Beira" -  em 2000


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« Letra a letra, livro a livro, Ausima canta todos os pensamentos, em prosa ou verso, ou em amiga epístola.
A versatilidade com que tudo expõe, com que nos maravilha, granjeou-lhe uma procissão de leitores-admiradores. A partir do seu torrão nativo, canta a pátria celeste, canta a terra do Homem, canta todo o Universo.»

. José Pais, escritor e jornalista ( no livro " Juliano III ") - em 2011


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«Não são precisas palavras, não são precisos parabéns, não há nada que se possa dizer quando a verdadeira poesia brota límpida e pura da pena de Aurora Simões de Matos! Ler e testemunhar é tudo o que se pode fazer.»

. Olinda Beja, escritora e poetisa premiada, assessora cultural da Embaixada de S. Tomé e Príncipe  ( em comentário na net) - em 2017

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«Só quem conhece os caminhos sabe compreender o instante da criação dos futuros. Aurora Simões de Matos tem sobre os ombros tarefas literárias que só ela será capaz de cumprir. A sua grandiosa obra, que vai matando sedes de saberes pelo mundo fora, fala dessa magnífica missão cultural a que se entregou voluntariamente, por amor às suas origens. É por isso que neste princípio de tarde de já alta primavera, a homenageio, clamando aos generosos ventos: " e todavia há flores..." »

. Manuel Araújo da Cunha, escritor e poeta (em comentário na net) - 2018

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Aurora Simões de Matos e os seus crónicos colaboradores merecem o nosso respeito e a nossa gratidão, por terem feito viver em Lamego um encontro regular, que ajuda a vencer alguma solidão acumulada. Por terem mostrado que os pequenos centros do interior são bem capazes de, por si sós, saber pensar, discorrer, partilhar ideias, turar conclusões, expressar pensamentos e desejos. Vivenciar cultura, no que ela tem de mais salutar e indubitável enriquecimento individual e colectivo.
A nossa Tertúlia está viva, é conhecida em todo o País e invejada por muitos. Merece a nossa colaboração e usufruto.»


. José Pessoa, investigador em História da Arte, colaborador residente da " TERTÚLIA ARTES E LETRAS DE LAMEGO"







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TERTÚLIA 
ARTES  E  LETRAS  DE  LAMEGO

Fundada em 2012 por Aurora Simões de Matos, e por si organizada e coordenada regularmente, ao segundo sábado de cada mês


Tema - Escritores e Artistas Médicos
Reunião com a SOPEAM - 2013


Tema - Sociedade e Fotografia ( 2013)

 Tema - Amália Rodrigues - A voz e a lenda ( 2015)

  Tema - África de todos nós


Tema - A Arte na paisagem


 Tema - Jorge Amado

 Tema - Homenagem ao Professor

Tema - A Mulher e a Arte


Tema - O Despertar dos Mágicos - a cultura, a arte e a criança  (2017)

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Aurora Simões de Matos




 

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