AS MAIAS
( COSTUMES DAS BEIRAS )
Já floreiam giestas pelos montes
Aromas acres invadem os caminhos
O amarelo e o branco em horizontes
À mistura com roxos rosmaninhos.
Vamos em bando colhê-las aos braçados
Antes que nasça o sol da madrugada
Com elas marcaremos a morada
Das nossas gentes e dos nossos gados.
Para que não entrem nelas inimigos
Nem a má sorte de azares ou castigos
Que às vezes caem sobre a natureza.
As maias são prenúncio de farturas
com que a Terra nas suas criaturas
Presenteia o trabalho e a beleza.
Aurora Simões de Matos
2 comentários:
Belíssimo poema onde os aromas da natureza se misturam e nos devolvem lembranças de rituais em ambiente bucólico...tão cheio de vida...:)
Adorei querida Aurora Simões de Matos. A sua poesia é cor, é movimento, é vida, é testemunho de vivências que se querem perpetuadas...
Beijinho com carinho sempre!
Muuuuito bem haja,como diriam na minha terra,querida Poetisa Cristina Cebola, amiga e leitora que tanto me apoia em todos estes escritos...
A identidade de um Povo,tenha ele a dimensão que tiver,tem sempre que apoiar-se nos seus costumes e tradições,de que também fazem parte estes rituais das suas gentes.
Grande abraço,com a minha gratidão e o meu carinho...
Aurora
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